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As profissões alternativas no mercado das apostas

As profissões alternativas no mercado das apostas

Talvez a grande questão aqui seja a diferença entre ser um handicapper e ser um tipster e também a diferença destes para um scout. São funções parecidas, mas que sempre vi com detalhes diferentes que acabam por mudar tudo.

por Josué Ramos   |   comentários 0
Wednesday, September 30 2015

TIPSTER

Quase todos no mundo das apostas sabem bem o que um tipster faz. O profissional que não apenas repassa dicas de apostas com valor em eventos desportivos, mas que também coloca os seus fairs em prática, estuda o mercado, cria as linhas, profissão que se tornou vulgarizada com a popularização das apostas. Quando se fala de tipsters, talvez a primeira coisa de que te lembres seja teres sido abordado por alguém no facebook a tentar vender picks, o que demonstra até que ponto a profissão se vulgarizou com a propagação das apostas desportivas.

Mas em todo o caso este profissional:

  • estuda o mercado,
  • aplica os seus fairs,
  • cria as suas linhas,
  • repassa essas dicas
  • e registra os seus números.

HANDICAPPER

Existe algo semelhante, mas que na minha “Escola” punter em corridas de cavalos acabei sempre por ver como algo mais que um tipster, a profissão de um handicapper, que de um modo geral é semelhante à de um tipster, mas que parte para um nível diferente, quase como um gambler, está ali no mercado apostando, fazendo as suas linhas e investindo nelas, talvez usando mais o feeling do que a própria matemática. São definições que se confundem um pouco, mas que têm subtilezas. Em ambos os casos podem trabalhar para sites, a escrever prognósticos, a dar dicas, podem vender as suas dicas em sites internacionais ou fóruns, ou até trabalhar diretamente com investidores e vender dicas de valor.

SCOUT

Para além do tipster e do handicapper há o scout, um profissional com que muitos talvez já se tenham deparado num estádio de futebol ou num ginásio. É um indivíduo com algum aparelho eletrónico que monitoriza o evento desportivo e que passa informações a alguém do outro lado da linha. Talvez uma casa de apostas, monitorizando algum evento "in live”, talvez algum investidor, talvez algum broker, ou quem sabe um trader, são muitas as possibilidades. O trader ou punter profissional que nunca usou o recurso de um scout em algum evento não televisionado que atire a primeira pedra. Scouts são necessários. Alguns como bons tipsters, dando dicas sobre um evento a que estão a assistir, sempre com um olho no confronto e outro nas cotas atuais do evento, alguns do nosso lado, apostadores, outros do  lado das casas de apostas. São personagens que acabam por viver nas sombras. Mas existe um outro tipo de scout, que faz o seu trabalho de um modo diferente.

Posso dar o meu exemplo para terem uma ideia da necessidade deste profissional em certas situações. Eu moro no Brasil e aposto em corridas de cavalos na Grã-Bretanha. Por mais que eu crie as linhas a partir de bancos de dados sobre o hipódromo, animais, treinadores, jockeys, etc., há coisas que os números não me permitem saber, como por exemplo qual a taxa de profundidade a que a ferradura do cavalo afunda no piso do hipódromo. No RU, assim como aqui no Brasil, possuem um ótimo sistema que indica as condições da pista nos cartões de corrida, mas existe variação e mudança climática, algo que nos impossibilita de apostar num evento como muita antecedência, pelo que ter uma pessoa no local que possa conferir se o piso realmente é o mencionado no cartão de corrida ajuda muito. Assim como saber qual animal teve a viagem mais cansativa, se existe sinal de stress, se nos bastidores há algum boato de lesão ou algum problema de ansiedade por parte do animal, afinal, os cavalos são tão complexos como nós, são atletas que vivem uma vida árdua de treinos e tensão. Logo, procuro sempre algum tratador ou alguém que cuide dos estábulos para me poder passar essas informações. Um por hipódromo é um número bom e com a internet e os conhecidos no local é sempre mais fácil conseguir essas informações. O preço não é tão caro como possam imaginar e a informação é indispensável.

Os Scouts são muito necessários. Mesmo no futebol, todos os punters de respeito têm algum scout de confiança, seja ele um profissional pago ou algum amigo com boas informações. Há notícias que não estão acessíveis na internet e que só quem mora no local ou nas proximidades pode ter algum contato com algum outro informante que lhe possa dar alguma notícia “quente”. Imagine a notícia de um grupo dividido, um plantel que quer mandar embora o treinador. Algo que só percebemos quando se torna demasiado óbvio. Manter-se sempre atento às notícias da liga em que se aposta é algo necessário, mas para estar um passo à frente das casas de apostas na projeção de linhas, às vezes é necessário saber os mínimos detalhes do que está realmente acontecendo.

Nesta altura perguntarás se é necessário manter um scout e quanto é que isso custa. Para começar às vezes o pode não custar nada. Um exemplo prático, eu vi o treino do meu clube do coração esta semana, o Grêmio, por isso sei exatamente como deve jogar no próximo jogo e se alguém me perguntar direi como a equipe está armada, qual é o clima do plantel, como prevejo que a equipa se comportará no jogo, pois conheço bem a equipa e estou por dentro dos bastidores, a paixão fica totalmente de lado quando se busca informações relevantes para montar uma linha. Perguntar-me sobre isso não custaria nada a ninguém, entenderam o exemplo? Saber quem são os adeptos das equipas que vão aos treinos e que acompanham a equipa, ter a noção do ambiente no balneário e o estado da relva, formações táticas e baixas na equipa são sempre informações de peso para melhorar a análise. E podes ter isso apenas tendo contato com alguns adeptos, que vão funcionar como os teus olhos durante aquele treino. Porém, nem sempre é possível conseguir informações assim de graça. Mas como digo sempre, toda a informação paga se paga a si mesma porque gera lucros.

BROKER

Outra distinção dentro dessa classe é a de um Broker. Este profissional é um especialista em linhas, na liga na qual trabalha, fazendo os movimentos, aplicações, hits para os grupos de investidores, baseado nas suas linhas projetadas. Para isso usam softwares e casas de apostas asiáticas. Tudo mantido por estes grupos. Chegar a este nível é chegar ao topo. Para isso não basta só ser bom no que se faz, é preciso ser o melhor. E não basta ser o melhor nisso, é necessário criar um nome forte no que se faz e ser indicado por alguém de dentro. Pois como um amigo me disse várias vezes, este grupos nem sabem da existência da maioria desses fóruns sobre apostas na internet, ou podem saber mas não acompanham, afinal estamos a falar de bilionários. Talvez chegar a este nível seja a meta de qualquer tipster, mas até lá é preciso muito trabalho e dedicação, e quando se chega lá esse trabalho e dedicação triplicam, já que é necessário estar à frente do mercado. Acreditem, um broker quase não tem vida social.

 

A ligação entre todas estas profissões está no facto de permitirem ganhar muito dinheiro com apostas sem sequer ter uma banca, logo é uma possibilidade que chama a atenção de muita gente e atraí cada vez mais novatos para o mundo das apostas. Hoje você tem a possibilidade de começar a testar os seus conhecimentos em torneios de tipsters, como os da Academia das Apostas, por exemplo, que é uma excelente forma de aprender mais sobre o ofício e ganhar um bom dinheiro neste processo.

Esse artigo trata das profissões alternativas dentro do mercado das apostas esportivas. Espero que tenham gostado.


Um grande abraço e bons lucros!