Só num ano, os portugueses gastaram precisamente 108,2 milhões de euros no jogo online.
66% foi em apostas desportivas.
Apesar dos números serem elevados, a tendência centra-se agora nos casinos tradicionais, enquanto as apostas na Internet baixam o valor de faturação para 25,4 milhões no segundo trimestre de 2017. O que significa um decréscimo de 20% comparativamente ao primeiro trimestre do ano.
A maior quebra verificou-se nas apostas desportivas: em junho deste ano, mobilizaram 13,9 milhões, no entanto, há um ano, o valor chegou a ultrapassar os 22,2 milhões.
Por outro lado, os casinos e as salas de bingo ganharam terreno suportando uma receita bruta superior a 75 milhões – 6,7% mais do que os 70,4 milhões do segundo trimestre de 2016.
“Acredito que os casinos possam estar a conhecer este aumento nas receitas brutas devido ao «boom» do turismo.”, Pedro Hubert, psicólogo e presidente do Instituto de Apoio ao Jogador.
As maiores subidas do jogo offline registaram-se, de longe, no Póquer (que aumentou 26,5%), no Bacará Ponto e Banca (jogado essencialmente por asiáticos) e no Bingo (mais de 16,3%).
Embora a receita bruta do jogo online tenha decrescido, o Estado conseguiu mesmo assim arrecadar, no último ano, quase 50 milhões de euros com o imposto especial de jogo online.
Segundo o SRIJ, o número de novos jogadores tem diminuído “de forma sustentada”, sendo que, de Abril a Junho de 2017 houve 64,4 mil novos registos, enquanto no primeiro trimestre do ano se verificaram 112 mil – quase o dobro.
O relatório estatístico da atividade do jogo online no ano de 2017 pode ser consultado no site do SRIJ.
Fonte: jornal JN