A Formula 1 regressa ao mundo do Desporto Motorizado já em Março, mas com um grande leque de mudanças nas regras com as quais ainda ningúem sabe como lidar, a competitividade entre os pilotos é ainda um mistério. James Frankland dá uma olhada nas alterações mais significativas antes da nova temporada, indicando ainda algumas potenciais apostas de sucesso...
A temporada da F1 de 2014 principia em meados de Março, mas a corrida pelo título começa já a 28 de Janeiro com as corridas de pré-temporada no Circuito de Jerez, no sul de Espanha.
Os testes dão as primeira pistas em relação ao ritmo dos monolugares de cada equipa, e entrando na mais imprevisível temporada do últimos anos, é crucial ganhar o máximo de rodagem possível.
O que há de novo?
Existe uma profunda mudança na Formula Um esta época, muito mais séria do que em qualquer outra temporada recente. Longe estão os motores V8 que haviam substituído os V10 do final da década de 90, e a chegar estão os V6 turbo juntamente com um melhorado sistema de recuperação de energia que permitirá obter duas vezes mais potência e durar cinco vezes mais que as unidades Kers do ano passado. Estas alterações devem originar problemas de consistência na primeira metade da temporada, ao que se junta mais um rol de alterações que poderá influenciar a competitividade dos carros de corrida para corrida.
Na questão dos pilotos, apenas os lentos Marussia e os três vezes vencedores em 2013, Mercedes, conseguiram manter o mesmo par de pilotos para o ataque à nova temporada.
Kimi Raikkonen, farto de esperar pelos pagamentos da Lotus acabou por desertar para a Ferrari, onde venceu o título em 2007.
Daniel Ricciardo dá o salto da Toro Rosso para a Red Bull, substituindo Mark Webber que se retirou da F1 no final da época passada. O venezuelano Pastor Maldonado ficou com o lugar de Raikkonen na Lotus, enquanto Felipe Massa se deslocou até à Williams onde assumirá o papel de líder da equipa que celebrou uma nova parceria com a Mercedes.
Sergio Perez foi removido da Mclaren em favor do jovem dinamarquês Kevin Magnussen, algo que o levou a mudar-se para a Force India onde fará dupla com Nico Hulkenberg que, efectivamente trocou de lugar com Adrian Sutil deixando o alemão aos comandos de um Sauber.
A Caterham terá uma totalmente nova dupla com Kamui Kobayashi a regressar à F1, a quem se junta a promissora estrela sueca Marcus Ericcson que dá o grande passo vindo da GP2.
Onde está o valor?
Com tantas modificações antes da temporada, a pré-época será crucial para obter indicações em relação aos melhores carros para este ano. E não assumas que as grandes equipas de 2013 vão continuar no topo - se voltares a 2009, a Mclaren e a Ferrari entraram nesse ano com carros à volta de dois segundos mais lentos que a média por causa de terem falhado nas questões técnicas que nesse ano eram novidade.
Brawn, Toyota e Williams exploraram uma falha no regulamento e aproveitaram-se com a Brawn a brilhar com seis vitórias nas sete corridas iniciais que acabaram por oferecer o título a Jenson Button.
Com novas regras chegam novas oportunidades para serem potencializadas - e falhadas - pelo que o período de testes será crucial para identificar os principais candidatos e, de preferência ordená-los por ordem de favoritismo.
Ao ir para as corridas sem qualquer pista sobre a forma dos carros, o ideal será focar-se nos mercados de abandonos e safety car e avaliar o seu valor. No último ano o mercadoMais/Menos de 18.5 pilotos a finalizar esteve disponível e eu recomendo vivamente considerar essa hipótese para a primeira corrida, tendo em conta a expectativa de problemas de consistência.
Sebastian Vettel é o precoce favorito para o Mundial de Pilotos a 2.3, com Lewis Hamilton a ser o seu potencial concorrente mais sério que pode ser correspondido a 5.3. A Mercedes está há muito a preparar esta temporada com o intuito de discutir o título e isso deverá ser tido em conta. O vice-campeão da época anterior, Fernando Alonso, negoceia a 7.2 e terá de competir com o seu próprio colega de equipa Kimi Raikkonen, cotado a 13.5.
Neste momento, podes encontrar a RedBull a 2.7 para vencer o Mundial de Construtores, com os vice-campeões da última temporada, a Mercedes a 2.92 e a Ferrari a 4.1.
Quando os carros entrarem em pista, todas essas "odds" podem mudar drasticamente se alguém conseguir operar alterações técnicas inovadoras que os outros forem incapazes de prever.